Artículo XIII: IA y procesos electorales: nuevos riesgos para la democracia

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Los procesos electorales son momentos especialmente sensibles para la vida democrática.
En ese contexto, las herramientas de inteligencia artificial abren también oportunidades relevantes, como facilitar el acceso a la información, ampliar el alcance de los mensajes públicos, mejorar la traducción y comprensión de contenidos, entre otras. Sin embargo, su uso creciente para segmentar audiencias, automatizar contenidos, moderar discursos o generar imágenes, audios y videos sintéticos está teniendo impactos directos sobre la circulación de información y la formación de la opinión pública.
A partir del análisis de casos emblemáticos de distintos países de América Latina, analizamos cómo estos usos se despliegan en escenarios atravesados por democracias frágiles, alta concentración de plataformas y profundas brechas regulatorias. Lejos de ser neutra, la incorporación de IA en contextos electorales profundiza riesgos existentes y habilita nuevas formas de intervención sobre el debate público.
Desafíos centrales para América Latina
El estudio identifica cinco grandes desafíos asociados a la expansión de la inteligencia artificial en los procesos electorales de la región. Entre ellos, el cambio en las dinámicas de la desinformación, marcado por la automatización, la hiper personalización y el mayor realismo de los contenidos falsos, y el avance de respuestas estatales punitivas que pueden derivar en censura o restricciones desproporcionadas a la libertad de expresión.
A estos se suman la profundización de la brecha digital, la reproducción de sesgos y discriminaciones algorítmicas, y el aumento de la violencia política de género facilitada por la tecnología, con impactos diferenciados sobre periodistas, activistas, candidaturas opositoras y grupos históricamente marginados.
Conclusiones y llamados a la acción
El informe advierte que la falta de marcos normativos adecuados y de mecanismos efectivos de rendición de cuentas amplía los márgenes para el uso abusivo de estas tecnologías, y alerta sobre los riesgos de delegar en plataformas privadas decisiones centrales para el debate democrático.
Frente a este escenario, se plantea la necesidad de fortalecer capacidades estatales y sociales, exigir mayor transparencia a los actores tecnológicos, promover estándares claros de debida diligencia y avanzar en regulaciones basadas en derechos humanos. El objetivo es asegurar que la inteligencia artificial contribuya a procesos electorales más justos e informados, sin erosionar la libertad de expresión ni el derecho de la ciudadanía a acceder a información plural y confiable.
português
IA e processos eleitorais: novos riscos para a democracia
Os processos eleitorais são momentos especialmente sensíveis para a vida democrática.
Nesse contexto, as ferramentas de inteligência artificial também abrem oportunidades relevantes, como facilitar o acesso à informação, ampliar o alcance das mensagens públicas e melhorar a tradução e a compreensão de conteúdos, entre outras. No entanto, seu uso crescente para segmentar audiências, automatizar conteúdos, moderar discursos ou gerar imagens, áudios e vídeos sintéticos tem produzido impactos diretos sobre a circulação da informação e a formação da opinião pública.
A partir da análise de casos emblemáticos de diferentes países da América Latina, examinamos como esses usos se desenvolvem em cenários marcados por democracias frágeis, alta concentração de plataformas e profundas lacunas regulatórias. Longe de ser neutra, a incorporação da IA em contextos eleitorais aprofunda riscos já existentes e viabiliza novas formas de intervenção sobre o debate público.
Desafios centrais para a América Latina
O estudo identifica cinco grandes desafios associados à expansão da inteligência artificial nos processos eleitorais da região. Entre eles, destacam-se as mudanças nas dinâmicas da desinformação, marcadas pela automação, pela hiperpersonalização e pelo maior realismo de conteúdos falsos, bem como o avanço de respostas estatais punitivas que podem resultar em censura ou em restrições desproporcionais à liberdade de expressão.
Somam-se a isso o aprofundamento da exclusão digital, a reprodução de vieses e discriminações algorítmicas e o aumento da violência política de gênero mediada pela tecnologia, com impactos diferenciados sobre jornalistas, ativistas, candidaturas de oposição e grupos historicamente marginalizados.
Conclusões e chamados à ação
O relatório alerta que a ausência de marcos normativos adequados e de mecanismos eficazes de prestação de contas amplia as possibilidades de uso abusivo dessas tecnologias e chama atenção para os riscos de delegar a plataformas privadas decisões centrais para o debate democrático.
Diante desse cenário, destaca-se a necessidade de fortalecer capacidades estatais e sociais, exigir maior transparência dos atores tecnológicos, promover padrões claros de devida diligência e avançar em regulações baseadas em direitos humanos. O objetivo é garantir que a inteligência artificial contribua para processos eleitorais mais justos e informados, sem corroer a liberdade de expressão nem o direito da cidadania de acessar informação plural e confiável.



